sexta-feira, 6 de abril de 2012

Crítica por W. Salmito

(W. Salmito, 03/04/2012, às 11:40:55)
Crítica por W. Salmito

Atrás da “Folia de Reis”, escrita e dirigida por Adalmir Miranda, só não vai quem já morreu. Idealizada para montagem de teatro de rua, em espetáculo comemorativo à Semana do Teatro, pelo o Projeto Teatro em Cena, a peça mostra porque ele foi escolhido para representar o Estado do Piauí no Projeto Amazônia das Artes. O elenco é formado por experientes e talentosos atores que dão um show de interpretação e leveza de corpo em coreografias bem concebidas e executas por uma sonoplastia ao vivo, num conjunto de instrumentos exigidos pela musicalidade nordestina onde consta o triangulo, sanfona, zabumba e de quebra um violino. Com sua linguagem fácil e de personagens formados no seio do imaginário popular, o espetáculo rouba toda a atenção dos transeuntes do Shopping da Cidade, oferecendo-lhes um espetáculo de altíssimo nível  e convidativo à integração. Bonecos, figurinos e adereços reproduzem a cumplicidade dos atores com personagens e espetáculo. O todo é de um colorido fantástico de causar inveja às obras de Pablo Picasso. Assim foi a realização do espetáculo que encerrou a programação especial montada pelo SESC na Semana do Teatro. Dividido em dez cenas, “O Auto da Folia de Reis” reproduz uma grande festa do folclore nordestino, com destaque para o reisado. A apresentação é bastante alegre e animação ambientada especialmente para o público infanto-juvenil, utilizando-se como recursos cênicos a indumentária do reisado e outras manifestações folclóricas. A musicalidade do espetáculo traz canções oriundas do reisado e da cultura popular, além de conter em todos os diálogos, dizeres, vocábulos e expressões da oralidade popular do povo nordestino.

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