(W. Salmito, 03/04/2012, às 11:40:55)
Crítica por W. Salmito
Atrás da “Folia de Reis”,
escrita e dirigida por Adalmir Miranda, só não vai quem já morreu.
Idealizada para montagem de teatro de rua, em espetáculo comemorativo à
Semana do Teatro, pelo o Projeto Teatro em Cena, a peça mostra porque
ele foi escolhido para representar o Estado do Piauí no Projeto Amazônia
das Artes. O elenco é formado por experientes e
talentosos atores que dão um show de interpretação e leveza de corpo em
coreografias bem concebidas e executas por uma sonoplastia ao vivo,
num conjunto de instrumentos exigidos pela musicalidade nordestina onde
consta o triangulo, sanfona, zabumba e de quebra um violino. Com sua
linguagem fácil e de personagens formados no seio do imaginário
popular, o espetáculo rouba toda a atenção dos transeuntes do Shopping
da Cidade, oferecendo-lhes um espetáculo de altíssimo nível e
convidativo à integração. Bonecos, figurinos e adereços
reproduzem a cumplicidade dos atores com personagens e espetáculo. O
todo é de um colorido fantástico de causar inveja às obras de Pablo
Picasso. Assim foi a realização do espetáculo que encerrou a
programação especial montada pelo SESC na Semana do Teatro. Dividido em dez cenas, “O Auto da Folia de Reis”
reproduz uma grande festa do folclore nordestino, com destaque para o
reisado. A apresentação é bastante alegre e animação ambientada
especialmente para o público infanto-juvenil, utilizando-se como
recursos cênicos a indumentária do reisado e outras manifestações
folclóricas. A musicalidade do espetáculo traz canções oriundas do
reisado e da cultura popular, além de conter em todos os diálogos,
dizeres, vocábulos e expressões da oralidade popular do povo nordestino.
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